No programa político do PSB que foi ao ar anteontem à noite em cadeia nacional de rádio e TV, o presidente Carlos Siqueira declarou que o partido não aceita cargos no governo federal para dispor da liberdade de que precisa para exercer sua “visão crítica” diante dos atos do governo Dilma. Mesmo assim, acrescentou, o partido está aberto ao diálogo em torno de uma agenda de “centro-esquerda” que inclua a manutenção de direitos trabalhistas que a presidente da República deseja suprimir e o fim do fator previdenciário. É apenas uma “posição” para “marcar posição” porque não há meio termo para o PSB. Ou o partido se alinha com o governo para aprovar o ajuste fiscal que todos os políticos responsáveis consideram necessário para tirar o país da crise, ou faz coro com a turma do “quanto pior, melhor” que se encontra espalhada pelo PSDB, PMDB, PPS e DEM. A gravidade da crise não comporta que se fique em cima do muro.
Ou o PSB se alinha com o governo Dilma para aprovar o ajuste fiscal ou faz aliança com a turma do “quanto pior, melhor”
Dilma fora do segundo turno
Se a eleição para presidente da República fosse hoje, Dilma Rousseff (PT) sequer iria ao 2º turno. A batalha final seria travada entre Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB). É o que diz levantamento feito pelo Paraná Pesquisas, por encomenda da revista “Época”, em 152 municípios brasileiros entre os dias 26 e 31/03. Aécio bateria Marina e seria o novo ocupante do Palácio do Planalto. Marina, mesmo convidada, não quis aparecer no horário político do PSB.
Ministro – Dilma continua postergando a indicação do substituto de Joaquim Barbosa no STF, mas conseguiu marcar um tento na escolha do substituto do ministro Arnaldo Esteves no STJ, cujo presidente é o pernambucano Francisco Falcão. O desembargador federal escolhido por ela, Reynaldo Fonseca, que é maranhense, teve o apoio de Sarney e do governador Flávio Dino.
Azar – Paulo Câmara falou sobre o “Pacto pela Vida” no programa do PSB. Mas, por azar, no dia que o programa foi ao ar soube-se que PE registrou 982 assassinatos de janeiro a março deste ano.
Finanças – João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, que vai depor na CPI da Petrobrás no próximo dia 9, continua merecendo a confiança dos “chefões” do partido. Ou de fato é inocente, ou sabe demais.
Paixão – É voz corrente em Caruaru que o número de turistas que passou por lá, este ano, para assistir ao espetáculo da “Paixão de Cristo” em Fazenda Nova, foi infinitamente maior que nos anos anteriores.
Pressa – Quem passa hoje por Serra Talhada tem a impressão de que a eleição para a escolha do substituto do prefeito Luciano Duque (PT) será amanhã, porque na cidade não se fala em outra coisa. E é porque o ex-deputado Inocêncio Oliveira, maior líder político do município, está recluso no Recife.
Pesar – Se vivo fosse, Eduardo Campos teria ido a SP, ontem, para assistir ao sepultamento de Thomaz, filho do governador Geraldo Alckmin. O tucano paulista veio a Pernambuco em 2005 para assistir ao sepultamento de Miguel Arraes e voltou em 2014 para assistir ao enterro do próprio Eduardo.
Meta – Até o dia 1º de maio, o Partido Solidariedade espera ter recolhido 1 milhão de assinaturas para pedir o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Não é uma meta difícil de ser alcançada sabendo-se que um servidor público de Casa Amarela (Jair Andrade) recolheu 500 mil assinaturas para pedir o registro no TSE do mais novo partido da praça: PSPP (Partido do Servidor Público e Privado).
Troca – A vereadora Marília Arraes (PSB) propôs na Câmara Municipal tirar dos logradouros públicos do Recife os nomes de pessoas vinculadas ao golpe de 64 para substituí-los por outros que lutaram pela democracia. Não estão na sua lista Ignez Andreazza, mãe do ex-ministro Mário Andreazza, que é nome de conjunto habitacional na Estância, nem Argentina Castelo Branco, mãe do general que deu o golpe.
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