sexta-feira, 28 de novembro de 2014

VEREADORA DIZ QUE FOI PRA CÂMARA SEM CALCINHA E DE VESTIDO CURTO, E MOSTROU A CALCINHA.



Ainda repercute nas redes sociais o protesto inusitado da vereadora de Aracaju Lucimara Passos (PCdoB), em Sergipe que, ao fazer um discurso criticando o colega e vereador Agamenon Sobral (PP), tirou uma calcinha branca do bolso e mostrou aos colegas de plenário. A comunista chamou o vereador de “criminoso” e o desafiou a lhe dar “uma surra”. A sessão polêmica aconteceu nesta terça-feira (25).

A reação de Lucimara aconteceu em virtude de um discurso de Agamenon, que, na semana passada, teria chamado de vagabunda uma mulher que quis se casar sem calcinha e teria dito que ela merecia “uma surra”.

“Hoje vim com um vestido mais curto. Também trouxe a minha calcinha no bolso. Alguém pode me chamar de vagabunda? Alguém pode dizer que tenho de ser surrada?", questionou. No momento, nenhum vereador questionou a postura da colega.

“Os senhores não podem me julgar, nem julgar uma mulher pela roupa que ela veste, em função da calcinha que usa ou se não usa. Isso não define o meu caráter. Será que vão me dar uma surra quando eu descer daqui?”.

A vereadora pediu punição ao colega de legislativo. O discurso de Lucimara fez alusão ao dia 25 de novembro, quando é celebrado o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.

“Infelizmente, ainda nos deparamos com certo tipo de comportamento desprezível, abominável, que ainda enxerga a mulher como propriedade do homem. Esse é um dos maiores fatores da violência. Enquanto o homem não se libertar desse sentimento, as mulheres serão vítimas”, disse.

O vereador Agamenon Sobral se mostrou tranquilo após a denúncia de Lucimara. Ele negou que seria preconceituoso e disse que a vereadora estava querendo aparecer. “É direito do vereador contestar. Sobre a Comissão de Ética, quero que seja efetivada porque já cansei de provar várias vezes sobre tudo o que trato aqui. Não tenho medo. A vereadora pode vir para tribuna de calcinha ou sem, como quiser, o problema é dela”.

CÁ PRA NÓS, ESSA CALCINHA NÃO É DELA, É MUITO PEQUENA. MAS ISSO ME FEZ LEMBRAR DE UMA MARCHA DE CARNAVAL, ANTIGA, QUE SE DEU EM OLINDA:

“Davanira, é ela
Tira sua roupa da janela
Toda vez que vejo ela sem você
Só me ‘alembro’ de você sem ela”

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