Morar no Recife vem ficando mais caro há, pelo menos, um ano. De acordo com os dados divulgados pelo índice FipeZap, indicador do valor do m² produzido em parceria entre a Fipe e o ZAP Imóveis, a capital pernambucana contou com a maior alta acumulada no preço do metro quadrado nos últimos doze meses do Brasil.
O aumentou chegou na casa dos 28,8%, mas de acordo com Alexandre Mirinda, presidente do Conselho Consultivo da Ademi-PE, o número nada mais é do que reflexo da inflação sentida em todos os segmentos da economia. “O que muita gente acha é que o preço do m² deveria ser fixo, o que não temos como fazer. Precisamos acompanhar a inflação para garantir os empreendimentos”, afirma.
Para ele, o aumento no preço dos insumos da construção civil também ajudou para que o número fosse tão elevado. Só em outubro o valor de mão de obra do mercado cresceu em 12%. “Tivemos ainda aumento de cimento, alumínio. É uma carga que antes absorvíamos, mas agora não temos mais como. Precisamos repassar aos clientes”, completa.
Entre 2009 e 2010 o mercado imobiliário pernambucano sofreu uma forte alta com o aumento inesperado de 20% no preço do m², mas segundo o presidente do conselho, isso aconteceu porque o Estado vinha mantendo um preço fixo que se tornou insustentável com a demanda por novas moradias.
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