A Executiva Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) aprovou, por maioria, o apoio programático à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais. O partido também decidiu contemplar exceções regionais, liberando Estados em que tal opção não possa ser cumprida em decorrência de acordos políticos celebrados para o primeiro turno. A decisão foi referendada por 21 dos 29 integrantes da Executiva que votaram. Um grupo de dirigentes foi indicado para discutir com o candidato do PSDB os pontos programáticos que sustentarão o acordo. O presidenciável foi recebido pela Executiva na sede nacional do PSB, em Brasília, onde foi comunicado da decisão e das condições para a consolidação da parceria.
“Iniciamos no domingo o processo de consulta e nossa Executiva reuniu-se e aprovou o apoio à candidatura de Aécio Neves, ressalvadas as realidades dos Estados”, afirmou o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral. “É hora de mudar. A população brasileira tem dado sinais de que deseja mudança”, disse o candidato ao governo do Distrito Federal, senador Rodrigo Rollemberg, incumbido de dar as boas vindas ao político mineiro. “Nosso apoio programático traz conteúdo a seu programa e permitirá que seu futuro governo fique mais próximo do desejo da sociedade, de promover o desenvolvimento e reduzir as desigualdades”, acrescentou.
Aécio Neves agradeceu o apoio do PSB e homenageou o ex-presidente do partido, Eduardo Campos, morto em acidente de avião em agosto passado. “Esse é um entendimento que honra as melhores práticas. Recebo esse apoio honrado e emocionado”, afirmou. “Sou, a partir desse momento, o candidato das mudanças verdadeiras e passo a ter a responsabilidade de levar ao Brasil o legado de Eduardo”, acrescentou. Aplaudido, o senador mineiro reconheceu o 08 de outubro como um dia histórico para a política brasileira e lembrou a amizade que o uniu ao ex-governador de Pernambuco. “Eduardo, agora, os seus sonhos passam a ser os meus sonhos, os seus compromissos os meus”.
Em nota oficial, a Executiva Nacional do PSB ressaltou a coerência de sua decisão com o postulado encampado pela legenda e que levou ao seu afastamento do governo federal e ao lançamento de candidato próprio à Presidência. “Eduardo Campos e Marina Silva celebraram em 5 de outubro de 2013 o compromisso de, juntos, ofertarem ao Brasil um projeto político consistente. Pretendiam mudar o Brasil e mudar a política. Seu projeto de País altivo e soberano ganhou corpo no PSB e foi materializado na Coligação Unidos pelo Brasil, fruto da aliança também com PPS, PHS, PRP, PPL, PSL e Rede Sustentabilidade. Morto Eduardo Campos, nosso companheiro, Beto Albuquerque, integrou como vice a chapa que teve Marina na cabeça do pleito presidencial.”, diz o documento.
“Não podemos nos furtar ao compromisso com o futuro do Brasil, que hoje vê com pesar seu ciclo de crescimento interrompido, pondo em risco conquistas sociais obtidas. Precisamos avançar, para acabar com as iniquidades e injustiças, como condiz com a visão de uma esquerda progressista e democrática, profundamente voltada para por em marcha as necessárias transformações sociais. Mas, especialmente, não podemos nos furtar ao compromisso político assumido em vida por Eduardo. Temos o dever de levar adiante sua missão, para que seu sacrifício não se revele inútil.”.
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