sexta-feira, 16 de maio de 2014

ALIVIO NAS RUAS COM O FIM DA GREVE DA PMPE.





Após 48 horas de medo e violência nas ruas, os policiais militares e bombeiros de Pernambuco decidiram interromper a greve deflagrada por melhores salários e condições de trabalho. Na noite de ontem, após a terceira rodada de negociações intermediada por uma comissão de deputados da Assembleia Legislativa do estado, o grupo que liderou a mobilização anunciou aos policiais as propostas do governo e ponderou que a população não poderia mais continuar sem segurança nas ruas.

Horas após o anúncio do fim da greve, o Diario percorreu alguns bairros do Recife, como Derby, Boa Viagem, Torre e Várzea. Viaturas da PM já eram vistas em rondas pelas principais ruas. O clima continuava tenso e saques foram registrados mesmo depois de anunciado o fim da greve. 
O governo do estado informou que a Força Nacional de Segurança e o Exército continuarão oferecendo segurança à população até que o retorno ao trabalho dos policiais esteja consolidado. 

Apesar de a decisão pelo fim da greve não ter ocorrido com a votação direta da categoria, como havia acontecido na quarta-feira, a maior parte do grupo saiu demonstrando satisfação. “Algumas vezes é preciso dar um passo para trás para no futuro dar dois para frente. Tivemos ganhos”, afirmou o soldado Joel Maurino, um dos líderes do movimento. Um grupo menor, mais exaltado, não concordou com o fim da greve e, aos gritos, chamou as lideranças do movimento de covardes. 

Entre as propostas apresentadas pelo governo está a criação da lei de planos de cargos e carreiras. “A cada cinco anos, haverá promoção para os praças. Uma comissão na Assembleia começará a avaliar as promoções na próxima segunda-feira”, garantiu Joel Maurino. A discussão do aumento salarial para os praças e os oficiais ficou para janeiro de 2015. No próximo mês, eles receberão reajuste de 14,55%, já previsto desde 2011. “Na primeira semana voltaremos às ruas para cobrar. Por enquanto, por conta do ano eleitoral, não podemos ter a certeza do aumento”, completou Maurino.

O recuo na reivindicação salarial provocou divisão entre os policiais presentes. Mas a multa de R$ 100 mil por dia arbitrada pela Justiça, que julgou ilegal a greve, também pesou na decisão pelo fim da paralisação. A comissão destacou a necessidade da volta imediata da PM às ruas para tranquilizar a sociedade e garantir a ordem. Nas últimas 48 horas, 234 pessoas foram detidas e 102 autuadas em flagrante por crimes como furtos, roubo e danos ao patrimônio. Somente ontem, até as 18h, 14 assassinatos já haviam sido registrados pelo IML. 

Os saques ao comércio dos municípios da Região Metropolitana do Recife foram somados à desordem. Em Abreu e Lima, mais de 100. No Paulista, 60. Arrastões e assaltos também foram registrados ao longo dos dias de greve. Ontem, instituições de ensino não abriram as portas. Estabelecimentos fecharam as portas mais cedo, alguns sequer abriram. “Hoje (ontem) virou feriado no estado”, resumiu um dos líderes do movimento.

DIARIO DE PERNAMBUCO. Publicação: 16/05/2014 07:28 Atualização:

Um comentário:

  1. GRAÇAS A DEUS... ISSO SÓ PROVA Q A FALTA DA POLICIA MILITAR NAS RUAS,
    DEIXAM A POPULAÇÃO SEM SEGURANÇA E NAS MÃOS DE BANDIDOS ASSASSINOS E BADERNEIROS... APOIO A MELHORIA DE UM SALARIO DIGNO PRA TODOS OS MILITARES...

    ResponderExcluir