Por vezes paro e observo o
comportamento de alguns. Cada um assume papéis sociais a favor do meio ao qual
se encontra, embora não seja incomum me deparar com anomias, desajustes, neste
tipo de conduta. A capacidade de autorregulação e adequação ao ambiente é por
vezes ignorada, causando um desconforto quase que insustentável no ambiente.
Segundo o sociólogo francês Émile Durkheim, fato social é
algo exterior, geral e indutivo sobre o homem, desta maneira se presume que
estes fatores se aplicam ao singular por um clamor efervescido da coletividade,
pelo simples e primitivo anseio de manter a convivência entre os homens. Além
deste conceito dois outros me chamam a atenção para observar o que está ao meu
redor: o status e o papel social, outrora expresso. Todos detêm status, que por
sua vez é um fato social, e este, por conseguinte, exerce inegável influência
sobre o sujeito. É certo que o status é variável, uma promoção no trabalho é um
exemplo de mudança.
Finalmente o tão esperado papel social, é o acato ao conjunto
de expectativas depositado sobre um individuo diretamente proporcional ao seu
status. Em outras palavras, é a realização do status em ação.
Esta obediência ao comportamento é resultado da
capacidade de cada um se por fora do seu papel e se autoavaliar, tendo a
capacidade de perceber se o seu comportamento condiz com o esperado pelos que o
circundam, a SELF. É fato que alguns trazem seus problemas particulares e os
integram a um contexto que não os cabe, como o trabalho, por exemplo.
Em instituições públicas o SELF é extremamente necessário,
e ao lado dos regimentos internos que norteiam o bom comportamento, respeito e
urbanidade com o grupo que compõe uma dada instituição, colabora para que os
seres humanos dignos de respeito mútuo convivam, atenuando sua importância em
caso de órgãos militares.
O descompasso entre os papéis desempenhados é gritante em
alguns serviços, sejam eles públicos ou privados. A falta de respeito, encoberto
por uma falsa superioridade com traços desumanos, em desfavor dos subalternos
(inferiores numa dada hierarquia) faz com que o profissional fique frustrado e
decresça exponencialmente sua capacidade produtiva, ainda mais se tratando de
prestação de serviço público a sociedade. É aceitável que a sociedade seja o
consumidor final desta deficiência comportamental? (entenda como deficiência
arrogância, prepotência, e abusos em geral). Estou certo que não, a tipificação
dessas condutas varia de acordo com o ambiente ao qual se faz presente. Gritos,
palavras de desdenho e menosprezo, podem ser perfeitamente aceitáveis numa
atividade desportiva e não num ambiente de trabalho, por exemplo.
E você, meu caro leitor, tem conhecimento de alguém que
tenha alguma deficiência na sua capacidade de autoavaliação?
Por Raphael Melo
Sou funcionário publico, e o que não falta é gente assim no meu trabalho. É cada sem noção que as vezes me sinto forçado a
ResponderExcluirassumir o papel de outra função, a de palhaço. rsrs
MUITO BOM RAPHAEL.
ResponderExcluirMajor, ainda bem que o senhor seja um dos poucos que ainda reluta contra sse sistema de trato com os de patentes e graduações inferiotes as sua.
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