sábado, 23 de novembro de 2013

SIGA O SEU PAPEL

             Por vezes paro e observo o comportamento de alguns. Cada um assume papéis sociais a favor do meio ao qual se encontra, embora não seja incomum me deparar com anomias, desajustes, neste tipo de conduta. A capacidade de autorregulação e adequação ao ambiente é por vezes ignorada, causando um desconforto quase que insustentável no ambiente.
            Segundo o sociólogo francês Émile Durkheim, fato social é algo exterior, geral e indutivo sobre o homem, desta maneira se presume que estes fatores se aplicam ao singular por um clamor efervescido da coletividade, pelo simples e primitivo anseio de manter a convivência entre os homens. Além deste conceito dois outros me chamam a atenção para observar o que está ao meu redor: o status e o papel social, outrora expresso. Todos detêm status, que por sua vez é um fato social, e este, por conseguinte, exerce inegável influência sobre o sujeito. É certo que o status é variável, uma promoção no trabalho é um exemplo de mudança.
            Finalmente o tão esperado papel social, é o acato ao conjunto de expectativas depositado sobre um individuo diretamente proporcional ao seu status. Em outras palavras, é a realização do status em ação.
             Esta obediência ao comportamento é resultado da capacidade de cada um se por fora do seu papel e se autoavaliar, tendo a capacidade de perceber se o seu comportamento condiz com o esperado pelos que o circundam, a SELF. É fato que alguns trazem seus problemas particulares e os integram a um contexto que não os cabe, como o trabalho, por exemplo.
         

         Em instituições públicas o SELF é extremamente necessário, e ao lado dos regimentos internos que norteiam o bom comportamento, respeito e urbanidade com o grupo que compõe uma dada instituição, colabora para que os seres humanos dignos de respeito mútuo convivam, atenuando sua importância em caso de órgãos militares.

          O descompasso entre os papéis desempenhados é gritante em alguns serviços, sejam eles públicos ou privados. A falta de respeito, encoberto por uma falsa superioridade com traços desumanos, em desfavor dos subalternos (inferiores numa dada hierarquia) faz com que o profissional fique frustrado e decresça exponencialmente sua capacidade produtiva, ainda mais se tratando de prestação de serviço público a sociedade. É aceitável que a sociedade seja o consumidor final desta deficiência comportamental? (entenda como deficiência arrogância, prepotência, e abusos em geral). Estou certo que não, a tipificação dessas condutas varia de acordo com o ambiente ao qual se faz presente. Gritos, palavras de desdenho e menosprezo, podem ser perfeitamente aceitáveis numa atividade desportiva e não num ambiente de trabalho, por exemplo.

            E você, meu caro leitor, tem conhecimento de alguém que tenha alguma deficiência na sua capacidade de autoavaliação?
                                                                                                          Por Raphael Melo

3 comentários:

  1. Sou funcionário publico, e o que não falta é gente assim no meu trabalho. É cada sem noção que as vezes me sinto forçado a
    assumir o papel de outra função, a de palhaço. rsrs

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  2. Major, ainda bem que o senhor seja um dos poucos que ainda reluta contra sse sistema de trato com os de patentes e graduações inferiotes as sua.

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