DE TROPA DE ELITE DIRETO PARA OS ESTÚDIOS DE HOLLYWOOD. WAGNER MOURA É ELOGIADO PELA ATUAÇÃO NO FILME ELYSIUM.

Em Elysium há vários tipos de droides, entre agentes de polícia, militares, autoridades do governo, médicos e outros. Mas também há robôs na Terra. Algo no estilo dos filmes de Paul Verhoeven, "O Vingador do Futuro"(1990) e "RoboCop - O Policial do Futuro" (1987). Por exemplo, o oficial de condicional de Max em "Elysium" é um robô que, na verdade, não facilita em nada a vida do personagem. Pelo visto, a burocracia também continua no futuro.

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Wagner Moura, que teve seu desempenho em "Elysium" elogiado pelo jornal "The New York Times"tem um papel no longa mais importante que o de Alice Braga. Ela interpreta a enfermeira Frey, uma amiga de infância de Max. A personagem de Alice lembra muito a personagem da atriz em "Eu Sou A Lenda" (2007), filme estrelado por Will Smith. Sua função no filme de Neill Blomkamp parece ser a de lembrar Max dos valores da vida, do lado humano. O elenco de "Elysium" é completado pelo mexicano Diego Luna e pelo sul-africano Sharlto Copley, amigo de infância de Blomkamp e astro de "Distrito 9". Só que dessa vez ninguém torce por Copley.

Enquanto que em "Distrito 9", Neill Blomkamp fez de uma invasão alienígena uma metáfora para o apartheid na África do Sul; dessa vez, ele faz de Elysium uma crítica à divisão da riqueza e fala sobre questões importantes como capitalismo, imigração ilegal, sistema de saúde e até fé. Mas e essa distopia que é "Elysium" pode chegar um dia? Segundo o diretor talvez. "E eu não sei o que será de nós – se vamos seguir rumo ao futuro ou se vamos nos autoimplodir. Elysium é a bifurcação na estrada", afirma ele.

"Elysium" não é uma obra-prima, mas é melhor do que outros filmes com temática “fim dos tempos” como “Depois da Terra”, com Will Smith (2013). Há cenas sensacionais em "Elysium" como a em que um robô explode em slow motion, mas também há cenas que não fariam falta se não existissem. Enfim, pode-se dizer que o filme é um pouco mais convencional que "Distrito 9", mas ressalta o potencial de Neill Blomkamp de fazer grandes produções de ficção científica.