quinta-feira, 15 de agosto de 2013

COMANDANTE DO 23ºBPM DEFENDE A ATUAÇÃO DE SEUS POLICIAIS.



Comandante do 23º BPM, o Coronel Rosendo defendeu hoje, em entrevista ao programa Manhã Total (Rádio Pajeú) a atuação dos policiais militares que atuaram no último sábado (10), no município da Ingazeira, em episódio que teve os desdobramentos já narrados pelo blog.

Em linhas gerais, o Coronel afirmou que toda a operação, diante dos episódios seguintes, de várias pessoas subindo na viatura e no entorno de PMs pressionando pela soltura dos detidos, acabou com final tranquilo pelo fato de que os policiais que atuam no Batalhão tem uma postura pacata, orientação para não entrar em confronto, além de ser em sua maioria da região. “Se não fosse por isso, poderíamos ter uma tragédia”, afirmou.

Ele também deixou claro que “eventuais desvios de conduta na operação” serão apurados em procedimento coordenado pelo Major Clodoaldo Silva, que também participou do debate e prometeu apuração isenta dos fatos.
Da esquerda pra direita, Major Clodoaldo, Coronel Rosendo e Capitã Mirelli Oliveira

A Capitã Mirelle Oliveira, que estava no comando da operação não diretamente mas no contato com os PMs também afirmou que não foi uma situação fácil administrar o conflito por conta da reação das pessoas. Ela garantiu que em momento nenhum foi informada de tratar-se um evento da Paróquia. Também defendeu o uso de spray de pimenta. “Os policiais do Gati tem várias formas de conter tumultos com spray, teaser (pistola de choque) e balas de borracha. No episódio foi usado o menos ofensivo”, afirmou.

Em suma, os representantes do Batalhão deixaram claro que a atitude de Agnaldo Siqueira de Morais, proprietário de som ligado no episódio, de não atender ao policiamento quando chamado a desligar o som inicialmente causou toda a confusão. A versão da polícia é de que ele sequer teria atendido o chamado do policial para ir ao seu encontro, demonstrando desdém. Com a volta do policiamento, populares inadvertidamente hostilizaram o policiamento.

“O policial é um agente do estado e tem que respeitar a comunidade. Mas também precisa ser respeitado”. Ele reconheceu que na confusão, algumas pessoas podem ter sido tratadas como parte do motim, quando queriam na verdade apaziguar, “porque em uma situação como essa não é fácil identificar diante da pressão que os PMs sofreram”.

O Comandante ainda destacou que respeita e é parceiro das iniciativas do Padre Luiz Marques Ferreira, vai participar da reunião agendada para esta quinta e que, principalmente, a população de Ingazeira deve manter-se ao lado da PM. “A polícia não é inimiga, está ao lado da comunidade”, afirmou.

Sobre policiais que teriam postado mensagens em páginas de relacionamento ou blogs, o Major Clodoaldo disse que eles deverão responder individualmente e não como PMs dos seus atos. “Não estavam postando como PMs. Caso suas posições pessoais infrinjam a lei, a população pode buscar caminhos jurídicos para isso”, afirmou.

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