domingo, 27 de outubro de 2013

O AMIGO GUSTAVO HENRIQUE COMENTA SOBRE O INSTITUTO ROYAL.

  "Instituto Royal: Os cães, as responsabilidades e os limites."       

        

   Nos últimos dias, o caso da retirada de cães de um laboratório em São Roque, no interior de são Paulo, vem tendo grande repercussão. Quando um grupo de pessoas invadiu o Instituto Royal e de lá retirou, ou, juridicamente furtou cães da raça Beagle que ali estavam, vários assuntos vieram a tona; qual o limite para uso de animais em pesquisas de qualquer natureza? Os danos aos animais são compensados pelos benefícios que vem com essas pesquisas? Onde entra a ética nesses casos? Qual o limite para se "fazer justiça" com as próprias mãos? Vamos refletir juntos.
    Institutos como o Royal, existem por todo mundo e, pesquisas com animais também são feitas em todo o mundo. Precisamos entender que quando um animal adentra a um laboratório para servir de experimento, seu retorno para a área externa desse laboratório ou para uma possível adoção, precisam ser feitos com muita cautela, porque isso? Para servir de cobaias, estes animais podem vim a tem introduzidos dentro de si, diversos organismos vivos que serão acompanhados cientificamente juntos com tais animais, ou seja, podem ser: vírus, bactérias, fungos, parasitas, mutações genéticas, etc... O que obriga com que seu contato com os demais seres seja monitorado com bastante atenção. Especialistas já alertaram que as pessoas que estão tendo contato com os animais tirados do Instituto Royal, podem está correndo certo tipo de risco, pois, provavelmente quem está com esses animais, não sabe a real situação de saúde dos tais, e o que eles podem transmitir ou receber na área fora do laboratório. Ainda nesse sentido, acredito que as autoridades, juntos com entidades médicas, farmacêuticas, biológicas, entre outras, junto com o Instituto Royal, deveriam vir a público e passar orientações mais claras sobre a real situação desses animais e o real perigo que as pessoas que com eles estejam, estão tendo. É triste ver que parece haver pouco ou pouquíssimos esforços dos envolvidos para passar essas orientações.
    O Instituto Royal afirma em vídeo divulgado em seu site oficial, que seguia rígidos padrões éticos na realização de suas pesquisas, inclusive sendo fiscalizado por diversos órgãos competentes. Eu "confio e desconfio" de tal afirmação, mas não posso fazer afirmações, pois, tudo o que vi até agora foram fotos pela internet e notícias divulgadas em meios de comunicação, além do vídeo oficial que se encontra no site do próprio instituto, e sei que interesses privados e pessoais, fazem com que exista muita manipulação de informação principalmente na internet. Quem pode fazer afirmações é quem lá esteve, e mesmo assim, precisamos ter bastante cuidado ao avaliar essas afirmações.
   É importante ressaltar que a impunidade que "impera" em nosso país, muitas as vezes nos faz querer fazer justiça com as próprias mãos ao ver situações que nos desagrada, porém, aonde está o limite nisso ? Se tratando do caso em evidência, é válido invadir um lugar e destruir o que ali está, por causa de um possível sentimento de justiça, sem pensar que ali também podem ter provas que comprovem as referidas ilicitudes e, que estamos destruindo-as também? Será que ali dentro foram destruídas possíveis curas de doenças que poderiam beneficiar a muitos? Aonde podemos chegar se todos que encontram injustiças, formarem grupos e resolverem fazer justiça dos seus jeitos? Isso me preocupa, pois, fazer justiça com as próprias mãos, por mais legítimo que seja seu direito, é retroceder no tempo e voltar a uma época obscura, onde erros fatais podem ser cometidos.
      Acredito que todos nós somos contra toda forma de maus tratos a toda e qualquer forma vida. O Instituto Royal tem o direito de se defender, e quem discorda dele, tem todo o direito de reivindicar justiça para com o mesmo e com os animais que ali estão ou estavam. Certo é que precisamos aprimorar nossos caminhos institucionais, para que possamos evoluir como sociedade organizada, e assim buscarmos nossos direitos e os de outrem da forma correta, até porque, se você fizer valer sua vontade à força, qualquer um também poderá fazer o mesmo, e então, você poderá ser a próxima vítima, “justa ou injustamente”.

  

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